Em Portugal, existe um banco onde a moeda não é o dinheiro e sim o tempo
O Banco do Tempo funciona como um sistema de troca de acções solidárias. A instituição troca o dinheiro pelo tempo para que as pessoas possam fazer serviços umas para as outras.
Cada membro oferece e recebe um serviço. Por exemplo, tratando-se de um médico, ele pode oferecer uma consulta a quem não tem condições de pagar pelo serviço e, depois, receber um serviço em troca de outro membro.
“Através das trocas e dos encontros, o Banco de Tempo enriquece o mundo relacional das pessoas que nele participam, joga um papel importante na recuperação, em novos moldes, da solidariedade entre vizinhos e no combate à solidão; favorece a colaboração entre pessoas de diferentes gerações, proveniências e condições sociais. Contribui também para o desenvolvimento e partilha de talentos e facilita o acesso a serviços que dificilmente poderiam ser obtidos, dado o seu valor de mercado. O Banco de Tempo suscita questionamentos e incentiva mudanças no modo como vivemos em sociedade”, diz o site do banco.
O serviço é pago com um “cheque do tempo”. Quem prestou o serviço deposita o cheque, que é creditado em sua conta, e pode a partir daí obter serviços oferecidos pelos outros membros do banco.
Cada hora de trabalho prestada por um membro equivale a uma hora de serviço qualquer que ele precise no futuro. O que é extraordinário é que todas as horas têm o mesmo valor, independente do serviço oferecido. Uma economia solidária e justa.
Actualmente, o Banco do Tempo possui 28 agências espalhadas por várias cidades portuguesas. Entenda mais:
Por Daniel Froes
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