O Testemunho
Por vezes sinto vontade de me ir embora de tudo o que é mentir, de me esquecer, de me juntar a quem realmente ajuda, a quem faz a diferença, de sentir realmente a vontade, o desespero, a perda, o fundo do outro. Por vezes parece que aceito o trabalho da inumanidade de forma normal, e sinto piedade comigo próprio. Sento-me e ocupo os meus dedos com teclas, num jogo mais ou menos ritmado, onde pareço organizar o que não está em mim, destreza automática e inconsciente, um prolongamento de mim. A minha disposição não é belicista, o meu epítome, uma revolução nunca completa. Para se ter piedade é necessário estar em Cristo, estar e agir expressando como Jesus perante os Homens, amor, um amor inigualável. São João Paulo II, diz-nos na Carta Encíclica "Dives in Misericórdia" "Sobre a Misericórdia Divina" que "Jesus Cristo ensinou que o homem não só recebe e experimenta a Misericórdia de Deus, mas é também chamado a ter misericórdia para com os demais". Ser afectivo com o próximo, ter compaixão pelos sofrimentos alheios, significa também ter amor e respeito às coisas religiosas, ter devoção e religiosidade. Estou cansado de pessoas que simpatizam com o Catolicismo, de cumpridores sem convicção de preceitos religiosos que não conhecem e acho revolucionária a postura da Ministra Assunção Cristas que assume Deus na sua vida como uma parte integral. Que se assume católica, num pais de pessoas que respeitam as personalidades da hierarquia católica, a encíclica xyz, mas que põem em causa o principal pedido de Nossa Senhora em Fátima 'Rezem o terço todos os dias".
O Catolicismo é feito de pessoas, da descoberta da vida, da descoberta da nossa relação com Deus, da partilha da relação com Deus. Os testemunhos são actos heróicos da nossa fé, seja qual for a época que atravessamos. O catolicismo é também uma historia de superação de perseguições através da fé.