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A procura da dor, do ataque, a ânsia pela crise, faz a sociedade disfuncional

  • Pedro Fernandes
  • Nov 5, 2015
  • 2 min read

Durante a caminhada que que faço todos os dias dei por mim a pensar no conceito de segregação. Só existe segregação racial e política para mim como individuo, se eu assim quiser, se eu me separar e/ou isolar no seio de uma sociedade, o preconceito limita a minha liberdade. Se me restringir a uma região delimitada, ou restringir a minha comunicação. Ninguém pode impedir-me de usufruir plenamente dos meus direitos, dentro da sociedade, nomeadamente de ir para onde quero, relacionar-me com quem quero, sem limitações no espaço ou no tempo. Admitindo que uma estrutura politica e social concentra em determinadas regiões ou bairros de uma cidade, minorias étnicas, nada me impede de juntar com o outro, de me reunir, de me agrupar com pessoas, incorporar novas ideias, novas técnicas, inserir novos elementos, novas informações, novos conceitos etc. O que o meu juízo da realidade me diz ou seja a avaliação feita a partir das ideias criadas de experiências vividas é que os cidadãos devem ser tratados da mesma forma perante a justiça, mas infelizmente as pessoas que detém maior poder social e económico acabam por conseguir vantagens nos corriqueiros sistemas corruptos assim como também os pobres de hoje em dia, são na sua grande generalidade maus pobres, até na forma como boicotam as ajudas sociais preferindo apropriar-se do que não lhes pertence e escolhendo a violência como filosofia. Imbuídos numa histeria colectiva, ricos e pobres procuram constantemente o momento de intensidade máxima, de uma dor, doença ou acesso (histérico). Este paroxismo, esta procura dum momento culminante, de algum ataque, esta ânsia pela crise, causa disfunções na forma como nos relacionamos enquanto sociedade. O Homem como medida de todas as coisas, tem o poder para determinar o valor ou significado das coisas, criando a sua própria realidade como estabeleceu Protágoras o precursor do relativismo. Contudo o homem perde o sentido comunitário, torna-se o animal selvagem de Thomas Hobbes, o homem no seu pior, capaz de grandes atrocidades e barbaridades contra elementos da sua própria espécie. Os maiores desafios que enfrentamos como espécie são criados por nós próprios, porque vemos que para o ser humano é comum os mais fortes explorarem os mais fracos, quando deveriam protegê-los. Isso não revela que o Homem seja predador do próprio homem, um vilão para ele próprio. Revela sim que a consciência do respeito pelo próximo deve ser um imperativo no convívio social, e só se desenvolve pelo convívio social, ajudando a evitar consequências desagradáveis e negativas que o conflito de diferentes valores morais pode provocar: a discriminação e o preconceito.

 
 
 

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