Comprometidos com a curiosidade: superdotação aos 40 e 16
- Pedro Fernandes
- Nov 12, 2015
- 2 min read

A geração dos adolescentes de 40 anos, a dos cabeludos, que usam T-shirts giras, que nunca procura respostas ou soluções pois está sempre em aprendizagem, literalmente. Nunca procura respostas rápidas. Uma geração de mestres na prática da paciência e da educação, que nunca saí do trilho mesmo sendo 'atropelada' vezes sem conta e que pratica a mais heróica das virtudes, a que não tem nenhuma aparência de heroísmo- o perdão - partilhando as lições aprendidas diariamente. Sempre me chamou a atenção a minha geração mas não pela inaptidão ou incapacidade, não por receber críticas ao minuto, ao segundo, mas pelo tom sem ironia da desculpa, porque para além da paciência somos hábeis permissivos. A razão do nosso estado de espírito é (também) a escola que não termina enquanto houver matéria cinzenta e branca, cidadania, realização, superação e desafios. Tudo o que vivemos, tudo o que estamos vivendo, vale a pena. Recomeçamos sempre pois temos muito tempo e muitas possibilidades. Nunca alcançaremos uma plenitude de nada, mas podemos ser pessoas melhores. Crescer não é fácil e todos os dias pequenas revoluções estão a acontecer: nos modos de vida, na ciência, na cultura, e que são os derivados naturais do direito de todos à experiência, essa força que se opõe à hegemonia. Algumas vezes vê-se, outras nem tanto. Mas não é por isso que não para de acontecer. Tenho 40 e 16, admitindo que chego aos 120, obviamente tenho de me preparar para esta magnifica nova realidade, do enorme e exponencial aumento da esperança de vida. A nossa imunidade é melhor todos os dias e também, escrevendo, a destribuimos pelo resto da sociedade: são os compromissos desta progressiva curiosidade, desta superdotação. Ninguém é de ninguém e somos infinitamente mais imaginativos, sensiveis, inteligentes e interessantes.
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